Acima de tudo um cristão

Políticamente correto, quase nunca;
Politicamente incorreto, muitas vezes;
Só não abro mão da sensatez...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma palavra aos outros fundamentalistas

 Fui duramente criticado, com palavras que só de pensar causaria repulsa ao digníssimo leitor...
 Eu postei no twitter a minha indignação quanto a resposta desproporcionada em relação a queima do alcorão. Deixo aqui antes de qualquer coisa, bem claro. Não faço apologia a queima de nenhum livro sagrado. Apenas me junto a muitos na indignação diante da subvalorização da vida humana em troco da queima de um livro.
 Realmente pensei que tinha visto de tudo. Se querem repreender quem queimou o livro que o faça, agora colocá-los em pé de igualdade com quem tem ceifado vidas em resposta?! E o pior, tem gente que diz que eles são os verdadeiros culpados...
 Penso que tudo é um pesadelo. Mas, ledo engano.
 Se quiser punir quem queimou, que o faça na devida proporção e essa regra deve valer pra todos.
 Então vamos citar alguns: Deveríamos punir a queima de centenas de Bíblias em Orissa, na India em dezembro de 2007. Não só Bíblias mas templos com pessoas dentro;

 Punir Mao Tse Tung por impedir que milhares de Bíblias chegassem a aproximadamente 25 anos atrás em solo chinês, impedindo assim o consolo, advindo delas a um povo debilitado e oprimido, por tanta tirania;                                                                                                    
Devemos prender Fidel Castro, por ter queimado Bíblias apenas pelo fato de estar escrito: Cuba para Cristo e não Cuba para Fidel.                                                                                           

E não poderia deixar um fato emblemático. Em fevereiro de 2001, os Talibãs dinamitaram os Budas de Bamiyan. Duas imensas esculturas, esculpidas direto nas montanhas, do século V d.C., medindo 55 e 38 metros.
 Faltaria espaço para escrever dados demonstrando a desproporcionalidade no tratamento dado a ambos os casos.
 Bom, aqui está a minha explicação o por que de não ser contra a indignação do Pr Terry Jones e da jovem  americana Ann Barnhardt.
 Agora aqui vai a pergunta que não quer calar: quem é o mais intolerante?

Rogério Franco
http://blogrogeriofranco.blogspot.com/

O que é um fundamentalista?

                                                         

 Segue o significado da palavra fundamentalismo segundo alguns dicionários:


Fundamentalismo "é um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípio fundamental (ou vigente na fundação) da religião. Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso que intencionalmente resista a identificação com o grupo religioso maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.


 Esse texto é parte que figura na página do wikipédia. Não têm a melhor explicação mas dá pra deduzir pelo texto que a hostilidade muitas vezes não parte do grupo fundamentalista, mas também de quem é contra esse fundamentalismo.


 Fundamentalismo também significa um retorno ao que alguém ou algum grupo entende por fundamento original.


 No dicionário Priberan da Lingua Portuguesa fala que é “uma atitude de intransigencia ou rigidez na obediencia a determinados principios ou regras”.
                                                         
 Pois bem, partindo do que já escrevi, entende-se o fundamentalista, ser uma pessoa que tem uma fé e a leva a sério. Eu imagino que quem tem fé e não a leva a sério, na verdade não a tem.


 Em segundo lugar, precisamos desmistificar que o fundamentalista é apenas o religioso. Fundamentalista é aquele que é rígido naquilo em que acredita, e se apega a isso com fidelidade.


Agora é necessário separar o joio do trigo, pois o que torna um fundamentalista digamos, ético ou não ético, não é o ser um fundamentalista, mas as idéias que esse fundamentalismo trás consigo.


Dizer que todo fundamentalismo é errado, seria dizer que o fundamento que trás consigo essa premissa, também é errado. O que precisamos é analisar a qualidade deste fundamento.


 Vamos analisar o fundamento que Cristo colocou para que os cristãos seguissem:
 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Mateus 5.44

"Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo."  (Mateus 19 : 19)

"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento."  (Mateus 22 : 37)


 "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."  (Mateus 22 :37. 39)


 Outra passagem fenomenal é aquele em que vemos no evangelho de Lucas capítulo 10 a partir do versículo 30, onde Jesus deixou claro que o que verdadeiramente seguiu o caminho do mestre, foi que  não tinha ornamento externo religioso, era apenas um samaritano. Mostrando assim que devemos ter um relacionamento com Deus em “espírito e em verdade”.


E não posso deixar de lembrar, a “Carta Áurea” descrita em João 3.16:   Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
 Bom por enquanto é o suficiente para vermos o quanto a humanidade ganhou e tem ganho, com a contribuição do cristianismo para o mundo.


 Sei que na história, não sabemos o por quê, muitos que se consideravam cristãos, ou talvez quisessem aproveitar da popularidade do cristianismo, falharam em comunicar de forma cristalina esses ensinamentos de Cristo. Mas não podemos nos esquecer, que foi justamente em falhar no cumprimento desse fundamento, dando um mal testemunho.


 Poderíamos citar o orgulho, soberba ou quem sabe o endeusamento do próprio homem, onde ele pode fazer qualquer coisa, e poderá ser absolvido visto ser ele mesmo deus, ou um enviado especial, cujas atitudes não sejam respaldadas por atitudes entre as quais aquelas em que descrevi logo acima.


Que Deus possa nos abençoar, e que possamos ter como meta em nossa vida, seguir o fundamento proposto por Jesus, que propiciará um mundo muito, muito melhor...

Rogério Franco
http://blogrogeriofranco.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rev. Moon - Seitas e Heresias



Há pouco, uma irmã em Cristo me confidenciou que recebeu um convite no twitter para ser amiga do Rev. Moon, como também conhecer suas doutrinas "cristãs". 

Vale a pena ressaltar que até então ela nunca sequer  havia ouvido falar neste nome, e em virtude disto chegou a pensar ser ele um cristão.

Pois é cara pálida, ao contrário do que passa parecer o O Rev. Moon, não é um seguidor de Cristo e nem tampouco acredita ser  Ele o Salvador.

Sun Myung Moon  nasceu na Coréia do Norte, em 1920 e como profeta da mentira ele reivindica ter tido uma visão de Jesus em 1936 na manhã de Páscoa. Nesta visão,  Jesus lhe disse que  ele (moon) deveria "restaurar o reino perfeito de Deus " ou seja, que  seria o que "completaria a salvação dos homens, sendo a segunda vinda de Cristo". Esta primeira visão foi seguida por comunicações com " Moisés, Buda, e outros"

A seita fundada pelo Rev. Moon, em 1954 é chamada de A Igreja da Unificação, ou Associação das Famílias para a Unificação e a Paz Mundial. . A "igreja" de Moon tem como base de doutrina o livro "Princípio Divino", escrito pelo próprio Reverendo, o qual é o líder internacional da seita. Moon sempre esteve presente em manchetes de Jornal pelo mundo afora, sempre devido a escândalos, como por exemplo quando foi preso nos EUA, por sonegação fiscal (a pena terminou em 1985).

O Pastor João Flávio Martinez, pastor do CACP ( Centro Apologético Cristão de Pesquisas)  a respeito das doutrinas desta falsa igreja:

TRINDADE: Young Oon Kim, professor de Teologia Sistemática do Seminário Teológico da Unificação, declarou, que "a teologia da unificação começa com o fato da polaridade como o indício principal para compreender a natureza essencial de Deus. Por isso não é fundamental defender a doutrina da trindade dos credos do quarto século. (Unification Theology, p. 53).

DEUS PAI: "A teologia da unificação declara que Deus tem qualidades masculinas e femininas, baseada no fato da polaridade universal... No século dezenove a crença no Deus Pai-Mãe provocou um grande número de críticas. Quando Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, disse que Deus tinha ambas as qualidades (masculina e feminina), foi muitas vezes chamada de herege."

Tendo dito isto, Kim prossegue citando as semelhanças entre a teologia da Igreja da Unificação no que se refere a Deus Pai, e o conceito de deidade de I Ching, do Confucionismo, do Taoismo e a adoração hinduista a Deusa Mãe. Ele então escreve: "Deste modo, Deus tem de ter uma existência polar. Isto é, Ele tem de possuir uma natureza entre a masculina e a feminina, o que é perfeitamente expressado e completamente harmonizado em Sua natureza. A doutrina da polaridade divina defendida pela Igreja da Unificação deve ser vista não como uma novidade excêntrica, mas sim como a reafirmação de uma convincente teologia racional."

DEUS FILHO: Assim como acontece com todos os grupos não cristãos, a Igreja da Unificação nega a completa deidade de Jesus. No livro Princípio Divino, temos a seguinte explicação: "Da mesma maneira, Jesus, sendo um só corpo com Deus, pode ser chamado de segundo Deus (imagem de Deus), mas de modo algum pode ser o próprio Deus." (p. 151). Eles afirmam que o propósito real da vinda de Jesus era de estabelecer o reino de Deus. Assim, Jesus deveria casar-se com uma mulher perfeita e tendo com esta um filho perfeito. No entanto, Jesus foi crucificado antes de concluir isto. Assim, ele só é capaz de prover uma salvação parcial. A salvação completa foi deixada para o próximo Adão, ou Senhor do Segundo Advento.

Estas idéias são explicadas nos seguintes termos:

Jesus não pôde realizar a finalidade da providência da salvação física porque seu corpo foi invadido por Satanás. Contudo, ele conseguiu estabelecer a base para a salvação espiritual formando um fundamento triunfante para a ressurreição através da redenção pelo sangue na cruz. Por isto, todos os santos, desde a ressurreição de Jesus até o dia de hoje, só desfrutaram do benefício da providência da salvação espiritual. A salvação através da redenção pela cruz só é espiritual. Até mesmo em devotos homens de fé ainda resta na carne o pecado original, que é continuamente transmitido de geração a geração. Por isto, quanto mais devoto se torne um santo em sua fé, tanto mais severa se torna sua luta contra o pecado. Assim, Cristo deve vir novamente à Terra para realizar a finalidade da providência da salvação tanto física quanto espiritual, pela redenção do pecado original, que não foi liquidado nem mesmo pela cruz." (p. 107)

O ESPÍRITO SANTO: De acordo com Kim, "na Igreja da Unificação o ponto principal é que o Espírito Santo não é uma entidade separada, ou uma existência separada de Deus Pai. O Espírito Santo simplesmente refere-se à atividade redentiva de Deus". Além disso, afirmam que o Espírito Santo "...é citado como feminino, masculino e impessoal. ...Assim como Deus, o Espírito Santo é invisível e incorporal - uma luz brilhante ou um campo magnético de energia." (Unification Theology, pp. 201-202)

Caro leitor, diante do exposto chegamos a conclusão que o Rev. Moon é mais um dos falsos profetas que em nome de Cristo tem enganado a muitos.
Que Deus tenha misericórdia do seu povo e nos guarde de tropeçar.

NEle que é a verdade absoluta,

Renato Vargens

http://renatovargens.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A contribuição do cristianismo para "o mundo infantil"

                                     

Estamos vivendo em um momento onde há a necessidade de buscar na memória histórica, a contribuição do cristianismo para que possamos enxergar a relevância de seus ensinos em nossos dias.
Já ouvi todo tipo de escárnio e zombaria com relação às escrituras. Ouvi dizer que é um livro desqualificado e antiquado. Poucos se dão ao trabalho de analisar a história e verificar a contribuição das escrituras e o seu poder de “domar a fera que há em nós”, criando um desejo menos narcisista e mais humano. Colaborando assim para atitudes melhores, tornando-nos pessoas melhores para o mundo e para o próximo.

Não caberia neste espaço a contribuição do cristianismo em todas as áreas. Tentarei mostrar algumas neste blog, começando pelas crianças:

“Na idade média prevaleceram, basicamente, duas heranças da Antiguidade: 1) A primeira era a condição da criança no mundo romano. Nessa cultura, a criança dependia totalmente do pai. O pai tinha a autoridade de decidir toda a vida de seu filho ou filha. Essa autoridade era absoluta, não apenas porque o pai sabia o que era melhor para os seus filhos, mas porque os usava segundo seus próprios interesses. A criança que recusava fazer a vontade do pai era rejeitava, e a maioria das crianças rejeitadas acabava morrendo; 2) A segunda herança vinha da cultura bárbara, em que o tratamento dado às crianças pelos germânicos era um pouco melhor que o oferecido pelos romanos. Todavia, o pai também tinha autoridade absoluta sobre a vida de seus filhos, exercendo essa autoridade através do direito de adoção, de renegação e direito de compra e venda. Quando aceitava seus filhos, estes eram entregues aos cuidados dos parentes paternos; quando rejeitava, eram entregues aos parentes maternos, e o mesmo acontecia com bastardos, órfãos e abandonados.

 
'Nessas duas culturas não é exagero dizer que as crianças praticamente não “existiam”. É claro que existiam de maneira concreta, mas não eram consideradas pela sociedade. A Vida das crianças dependia do poder do pai, que podia aceitá-las ou rejeitá-las, segundo suas convicções e seus interesses. As crianças rejeitadas normalmente eram meninas ou crianças portadoras de alguma deficiência. As crianças, rejeitadas, quando sobreviviam, serviam os prostíbulos romanos ou se tornavam escravas. Nessas sociedades não conhecemos a existência de alguma instituição como a escola. As famílias que assumiam seus filhos se responsabilizavam por educá-los, e a educação consistia na manutenção das principais estruturas da sociedade (como acontece em qualquer lugar)”.*

Esse pensamento marxista pós-moderno, que de moderno não tem nada. É uma filosofia que sempre existiu, e está baseado no raciocínio humano, de conquistar a felicidade humana como um fim em si mesmo. Filosofia esta que ensina, que os preceitos judaico-cristãos são antiquados, e não podem servir mais ao homem do século 21. Sem dar chance a razão analisar, que esse ensinamento nada mais é do que um retorno ao tempo em que a cultura dominante, era uma sociedade em que se autodestruía pela orgia e o prazer. Não existia dignidade e amor – uma palavra que até gerava ódio por quem a expressasse -.
O homem nada mais era do que carne ambulante a serviço do prazer do mais forte. Mas...:

“...pela providência divina, presenciamos a força e o impacto do cristianismo rompendo com essas tradições pagãs. No entanto, é importante ressaltar que o processo de mudança foi lento, visto que consistiu num verdadeiro processo de formação civilizacional.
Podemos ressaltar dois importantes fatores para o melhor tratamento dado às crianças na Idade Média: 1) A família: neste momento – por influência do cristianismo – passou a existir, ainda que de forma acanhada, um maior sentimento familiar. Referindo-nos ao universo secular, os pais passaram a ser mais apegados aos seus filhos. Isso ainda não resolveu definitivamente o problema, e não quer dizer que as famílias ficavam com todos os seus filhos, amando-os e educando-os, mas temos relatos desse período que narram que pais e mães choraram a morte de seus filhos, o que não era nada comum nas culturas bárbaras; 2) Na esfera cristã, devemos ressaltar a influência dos monastérios como um acontecimento importante que abriu novas perspectivas para a educação infantil. Opondo-se radicalmente ao modo como as culturas pagãs tratavam as crianças, os monges cristãos recebiam indiscriminadamente qualquer criança que lhes fosse entregue, cuidando delas em todos os aspectos, oferecendo vestimenta, comida e educação. Enquanto na cultura bárbara desde cedo as crianças eram “endurecidas” para a guerra e a violência, no monacato elas eram educadas em um ambiente de amor e serenidade. As crianças permaneciam nos mosteiros até os quinze anos, recebendo também uma formação religiosa”.*

Agora atacar os ensinamentos cristãos, para colocar o que? Quem propaga o pós-modernismo sem os ensinamentos bíblicos colocam no lugar o hedonismo. Isso é um retrocesso mesmo!!!

Rogério Franco
( *Apostila da FTB módulo 7 – ministério Infantil pg 168,169)